GTS (GRUPOS TEMÁTICOS)
DIAS 06 e 07/04/2017
14:30h as 17h
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1. Comunidades Quilombolas no Mato Grosso do Sul
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2. Cidade e campo, comércio, turismo, lazer e áreas de fronteira
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3. Educação escolar indígena e diversidade étnica
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4. Gênero, corpo e saúde
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5. Práticas de Arqueologia em Mato Grosso do Sul
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6. Religiosidades e Novas Espiritualidades
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7. Territorialidade, mobilidade e conflito
1. Comunidades Quilombolas no Mato Grosso do Sul
As comunidades quilombolas em Mato Grosso do Sul, em que pese a denominação histórica relativamente recente, tem presença relevante na povoação e na história de nossa região. Desde o final do século XIX e início do século XX, levas de colonizadores negros adentraram às terras do antigo estado de Mato Grosso, contribuindo para o processo civilizatório que hoje forma nossa sociedade. Apagados por correntes historiográficas que sempre contribuíram para o branqueamento da sociedade brasileira, desde a Constituição de 1988, assumiram papel de relevo no movimento negro nacional.
Os antropólogos a muito identificaram as “comunidades negras rurais” como fenômeno peculiar de nossa cultura. Gilberto Freyre registrou a importância de negros trazidos da África na introdução da pecuária no sul do Mato Grosso. Hoje, portadores desse lastro histórico, essas comunidades lutam pelo reconhecimento de seus territórios tradicionais, como direito constitucional. A proposta desse Grupo de Trabalho é congregar estudiosos que se debruçaram sobre essas comunidades em nosso estado, para fazermos um levantamento do “estado da arte” em que se encontram as pesquisas sobre essas comunidades que se encontram entre a legitimidade de suas tradições comunitárias e os desafios da modernização. Por isso convidamos todos e todas a partilharem suas investigações e questionamento em nosso GT.
Lourival dos Santos (Mestre e doutor em História pela USP)
Eugenia Portela de Siqueira Marques (Pós-doutorado em Educação pela UFPR, docente da UFGDd
Marcelo Souza (Ciências Sociais/UFMS; antropólogo do INCRA/MS);
2. Cidade e campo, comércio, turismo, lazer e áreas de fronteira
O propósito deste GT é refletir sobre o rural e o urbano como espaços de interação e tensões, bem como territórios de identidade, de mobilidade e de construção permanente de subjetividades. Para tanto, pretende discutir trabalhos e pesquisas, sobretudo de caráter etnográfico, que abordem os diálogos, as trocas e os conflitos vividos na cidade e no campo, expressos em situações de contato étnico, fronteiriço, de trânsitos migratórios e turísticos, de trabalho e lazer, e outros contextos de sociabilidade. O GT pretende abordar o modo como a cidade e o campo emergem nos discursos e práticas cotidianos a partir de aspectos do poder, das trocas, da comunicação, da memória, do patrimônio, da diversão e da insegurança, bem como dos processos sociais e afetivos decorrentes dos fluxos e resistências, das segregações e da permanente ressignificação dos territórios e identidades.
Alvaro Banducci Jr. (Ciências Sociais/UFG, mestre e doutor em Antropologia/USP),
Graziele Cristina Dainese de Lima (Ciências Sociais/UEL, Dra. em Antropologia pela UFRJ)
Ricardo Cruz (Doutor em Antropologia/ Museu Nacional, RJ);
Valdir Aragão do Nascimento (Ciências Sociais/UFMS, mestre em Antropologia pela UFGD, doutorando em Saúde e Desenvolvimento pela UFMS);
3. Educação escolar indígena e diversidade étnica
O GT objetiva a discussão e socialização de pesquisas e experiências pedagógicas relacionadas com a temática da Educação Escolar Indígena e as tendências da escola indígena. Está aberto para discutir ênfases e omissões quanto ao acesso e permanência à educação superior, como também a formação dos professores indígenas. A tônica será problematizar sobre os impactos do processo de escolarização sobre as comunidades indígenas. Pretende ainda construir debates e reflexões sobre os fundamentos epistêmicos que sustentam as discussões sobre identidades, diferenças e diversidade cultural e os pressupostos da interculturalidade.
Valéria Calderoni (Mestre e doutora em Educação pela UCDB);
Levi Marques Pereira (Pós-doutor em Antropologia pela UNICAMP);
Silvana Jesus do Nascimento (Ciências Sociais/UFGD, mestra em Antropologia pela UFGD, doutorando em Antropologia pela UFRGS);
Adir Casaro Nascimento (Pedagogia/UCDB, mestra em Educação/UFMS e doutorado em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000))
4. Gênero, corpo e saúde
Pelo menos desde a segunda metade do século XX tem se produzido no seio da antropologia um processo de revisão dos grandes paradigmas que tem como foco seja a temática do gênero, do corpo e/ou da saúde. Na esteira desse processo o presente GT busca congregar pesquisas/trabalhos que tenham como alvo o corpo em sua interface com as discussões de gênero/sexualidade e saúde a partir de uma perspectiva interdisciplinar. Assim ao problematizar de que modo gênero, corpo e saúde se articulam nas culturas moderno-contemporâneas a partir de diferentes campos, contextos e interseccionalidades, busca-se evidenciar os limites e possibilidades dos novos paradigmas teórico-metodológicos e suas influências nas pesquisas levadas à cabo pelas ciências sociais do Estado de Mato Grosso do Sul. As pesquisas/trabalhos que versam sobre a temática que relacionam gênero, etnia/raça, gestação, saúde com outros segmentos sociais ou com outros recortes são de especial interesse para esse GT.
Esmael Alves de Oliveira (Doutor em Antropologia pela UFSC)
Mariana Pereira da Silva (Graduada em Ciências Sociais pela UFGD, mestra em Antropologia pela UFGD)
Lauriene Seraguza (Graduada em Letras pela UFMS, mestra em Antropologia pela UFGD, Doutoranda em Antropologia pela USP)
5. Práticas de Arqueologia em Mato Grosso do Sul
A Arqueologia no Mato Grosso do Sul consolidou-se por meio de pesquisas envolvendo diferentes práticas de campo e teorias que as sustentaram, e os resultados apresentam ampla dispersão e diversidade de vestígios da cultura material como objetos líticos, cerâmicos, arte rupestre, produzidos pelos antigos habitantes do estado, assim como elementos que demonstram os processos históricos que transformaram a paisagem do Estado. Objetiva-se neste GT, refletir sobre aspectos teóricos, metodológicos, patrimoniais e educacionais que envolvem as atividades arqueológicas realizadas no MS.
Beatriz dos Santos Landa (Graduada em História pela UFRGS, mestra e doutora em História pela PUC-RS)
Rodrigo Simas Aguiar (Graduado em História pela UFSC, doutor e pós-doutor em Antropologia pela USAL, pós-doutor em Arqueologia pela UC)
6. Religiosidades e Novas Espiritualidades
Ao contrário de assistirmos a um efetivo processo de secularização propagado para a contemporaneidade, percebe-se a emergência de uma multiplicidade de manifestações religiosas, novas espiritualidades, experiências e rituais híbridos, em especial nos países de grande diversidade cultural, como o Brasil. Podemos exemplificar com o universo Nova Era, cuja demasiada circulação e fluxo o configura como um movimento heterogêneo; as performatividades híbridas experimentadas a partir de um amplo arsenal simbólico permitem pensar a Nova Era como um “sincretismo em movimento”. Tais fenômenos (religião e espiritualidade) perpassam a história das sociedades humanas dinamicamente; com suas lógicas próprias, as sociedades e seus sujeitos fazem a vida ter sentido através de sua religiosidade, sua cosmologia mitológica/espiritual e seus rituais. O presente GT tem por objetivo estimular o debate acadêmico reunindo pesquisas com contribuições metodológicas, teóricas e epistemológicas, cujo foco percorra caminhos de análise sobre temáticas que envolvam Religiosidades e Novas Espiritualidades.
Graziele Acçolini (Ciências Sociais/UNESP, Dra. em Sociologia/UNESP),
Mario Teixeira de Sá Junior (História/UFRJ, doutor em História/UNESP)
Saulo Conde Fernandes (História/UFMS, mestre em Antropologia pela UFGD)
7. Territorialidade, mobilidade e conflito
A constante busca pelo reconhecimento dos territórios tradicionais por parte das populações indígenas de Mato Grosso do Sul tem revelado, de forma progressiva, o lançamento de estratégias variadas para ocupação e usos de territórios. Entretanto, as novas modalidades territoriais tem resultado em tensões entre suas práticas sociais tradicionais, marcada pela mobilidade no território, e as modalidades mais fixas de territorialidade promovidas pelo Estado. Este grupo temático está aberto a receber trabalhos que reflitam sobre experiências diversas de territorialidades indígenas - e suas consequências - por meio da análise das práticas territoriais das populações indígenas, principalmente nos casos em que são identificados elevados níveis de mobilidade física, flexibilidade social e conflitos socioambientais. Tais conflitos permeiam os usos e processos de decisão (planejamento, legislação e gestão) sobre os territórios. Tratando-se de um processo de negociações entre sociedades economicamente desiguais, instituições e mecanismos jurídico-políticos tanto são arenas democráticas de gestão e solução de conflitos e de remediação de danos, quanto são instrumentos operantes da desigualdade. Os conflitos socioambientais em foco não dizem apenas sobre as disputas em relação ao uso, posse, propriedade, planejamento e gestão de territórios urbanos e rurais, mas também tem implicações diretas sobre a qualidade e os modos de vida das populações tradicionais, bem como sobre seus futuros.
Luiz Henrique Eloy Amado (Direito/UCDB, mestre em Desenvolvimento Local pela UCDB, doutorando em Antropologia/UFRJ),
Aline Castilho Crespe (Ciências Sociais/UEL, mestra e doutora em História pela UFGD
José Henrique Prado (Ciências Sociais pela UFMS, mestre em Antropologia pela UFGD)